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O Teorema do Macaco


Quando se fala de probabilidade, alguns evolucionistas têm tentado demonstrar que tudo é possível com os milhões de anos, ou seja, que a complexidade do DNA ― o super código genético formado por milhões de letras químicas perfeitamente organizadas e colocado devidamente na ordem ― pode ser produto de tentativa e erro. E para demonstrar tal possibilidade, citam o chamado teorema do macaco[i], idealizado pelo matemático francês Émile Borel, fazendo uma analogia com a possibilidade de a vida ter surgido por acaso. Imagine uma multidão de macacos que batem aleatoriamente nas teclas de um computador: pulam, giram saltam, enquanto as letrinhas vão surgindo na tela. A ideia é que, quando analisássemos tudo que foi digitado pela macacada, encontraríamos ali, depois de milhões de anos, um soneto digno de Shakespeare, ou seja, assim como uma multidão de macacos foi capaz de criar um texto inteligível, o tempo, o acaso e a matéria inerte poderiam fazer com que a vida surgisse em uma Terra primitiva.

Quem refutou detalhadamente essa ideia ― e aqui faço apenas uma síntese de sua argumentação ― foi, o físico e cientista israelense, Gerald Schroeder[ii], que fala sobre um experimento conduzido pelo Conselho de Artes Nacional Britânico, onde um computador foi colocado numa jaula que abrigava seis macacos. Depois de um mês de intenso movimento sobre as teclas, os macacos chegaram a digitar 50 páginas! Agora, talvez você esteja se perguntando, quantas palavras apareceram? E a resposta é: zero, nenhuma, nada!! E aqui vale ressaltar que o idioma inglês tem duas palavras com apenas uma letra (o “I” que significa eu, e o “a”, que em português seria um ou uma), e mesmo assim, elas não apareceram.

E talvez você esteja se perguntando, será que os macacos não tocaram nem uma única vez nessas vogais? O fato é que tocaram, mas tais letras só representam palavras se isoladas em ambos os lados por espaços.

Chegou a hora de fazermos umas continhas, probabilidade básica. Tomemos um teclado com 30 caracteres usado na língua inglesa (26 letras e outros símbolos), a probabilidade de se conseguir uma palavra de uma letra, teclando aleatoriamente ― como fizeram os nossos amigos símios ― é de 30x30x30, ou seja, uma chance em 27.000. Lembrando que estamos falando apenas de uma palavra (a mais simples possível), o que dizer então de um soneto? Considerando o soneto (por definição de 14 versos), escolhido por Schroeder no qual encontramos 488 letras[iii], qual seria a probabilidade de, digitando a esmo, conseguirmos todas essas letras na exata sequência em todos os versos? A conta é simples, teríamos que multiplicar o número 26 por ele mesmo 488 vezes (26x26...x26), e aí teríamos o número 26 elevado à 488ª potência.

Uau! Mas o que isso significa? Em potência de dez, seria o mesmo que 10 elevado a 690. Isso é uma chance em um número que começa com o 1 e tem 690 zeros a sua direita. Mas o que isso representa? Quão grande é esse número? Só pra que você tenha uma ideia, a população do nosso planeta é da ordem de 10 elevado à décima potência; o número de partículas (prótons, elétrons e nêutrons) que constituem o universo inteiro é da ordem de 10 elevado a 80. Então talvez você esteja se perguntando, quando tempo seria necessário para que os macaquinhos conseguissem realizar a tarefa de digitar aleatoriamente um soneto? Ou quantos macaquinhos seriam necessários? O professor Schroeder nos responde da seguinte maneira:

“Se tomássemos o universo inteiro e o convertêssemos em chips de computador ― esqueçam os macacos ― cada chip pesando um milionésimo de grama e sendo capaz de processar 488 tentativas a, digamos, um milhão de vezes por segundo, produzindo letras ao acaso, o número de tentativas que conseguiríamos seria de 10 à 90ª. Mais uma vez, seríamos derrotados por um fator de 10 à 600ª. Nunca criaríamos um soneto por acaso. O universo teria de ser maior, na proporção de 10 elevado à 600ª potência. No entanto o mundo acredita que um bando de macacos pode fazer isso todas as vezes”[iv].

Isso é mesmo fascinante, veja, se o famoso teorema do macaco defendido por muitos evolucionistas não funciona nem para um soneto, o que dizer da origem da vida, algo muito mais complexo? Se a vida não pôde surgir por acaso, só nos resta uma conclusão: somos obra de um Criador. Pense nisso!

[i] Ou também parábola dos macacos dactilógrafos, a nomenclatura varia, mas a idéia central é a mesma. [ii] Autor de Best Sellers sobre ciência e religião como o The Science of God. [iii] O cientista escolheu o que tem como primeiro verso “Devo comparar-te a um dia de verão?”. [iv] SCHROEDER (apud FLEW, Antony. Deus Existe: as provas incontestáveis de um filósofo que não acreditava em nada. Tradução Vera Maria Marques Martins. São Paulo: Ediouro, 2008. p. 85)


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