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Pense, ajuste suas idéias: Vocação, Missão de todos nós!


Certa vez uma colega de trabalho soltou a seguinte pérola: “não gosto de pensar, porque pensar dá dor de cabeça!” Esta frase sempre vem a minha mente quando o tema da reflexão surge diante de mim. O pensar, o refletir, o questionar, parece que não faz parte mais da vida de muitos brasileiros, especialmente da maioria da juventude.


Mas, gostaria de aproveitar este espaço para levá-los a pensar sobre o seu futuro, seu presente, sobre sua vocação. Quando falo de vocação necessariamente não estou falando de vocação eclesiástica ou ministerial.


Vocação é um termo derivado do verbo no latim “vocare” que significa “chamar”. É uma inclinação, uma tendência ou habilidade que leva o indivíduo a exercer uma determinada carreira ou profissão. Diante deste conceito, como você escolheu ou pretende escolher a sua profissão? Pelo estatus? Pela remuneração? Pela decisão que seus pais já fizeram por você? E Deus onde fica nesta história?


Max Weber, em sua obra A Ética Protestante e o “Espírito” do Capitalismo, citando Lutero, ele diz: “A vocação é aquilo que o ser humano tem de aceitar como desígnio divino, ao qual tem de ‘se dobrar’ – essa nuance eclipsa a outra idéia também presente de que o trabalho profissional seria uma missão, ou melhor, uma missão dada por Deus.” Ou seja, a nossa profissão pode e deve ser um instrumento de Deus para que a pessoa (profissional) possa contribuir com a comunidade em que está inserida. Assim se posicionou Lutero: “... cada qual deve ser útil e prestativo para os outros com seu ofício ou ocupação, de forma que múltiplas ocupações estão todas voltadas para uma comunidade, para promover corpo e alma, da mesma forma com que os membros do corpo servem todos um ao outro.”


Na mesma obra, Max Weber demonstra que há uma grande diferença entre Lutero e Calvino. Ao passo que em Lutero as múltiplas profissões confluíam no amor ao próximo, no calvinismo o homem existia para a glória de Deus; logo o trabalho não se voltava à criatura. Juntando o pensamento dos dois reformadores, urge que compreendamos a importância de enxergarmos nossa vocação como missão, pois hoje, mais do que nunca o cristianismo precisa de seguidores que sejam de fatos discípulos de Jesus Cristo, fazendo de suas profissões instrumentos de bênçãos para todos que lhes cercam.


Em Efésios 4.1, o apóstolo Paulo nos chama a andarmos como cristãos dignos da vocação em que fomos chamados. Deus chama todos nós para sermos suas testemunhas, testemunhas que devem brilham como luz do mundo. Ele não chamou a todos para serem pastores, evangelistas, missionários, doutores e mestres, mas chamou a cada um de nós, seus filhos, para sermos suas testemunhas. Por isso, é fundamental encaramos a nossa vocação como instrumento de serviço no Reino de Deus entre os homens.



WEBER, Max. A Ética Protestante e o “Espírito” do Capitalismo. Edição de Antonio Flávio Pierucci. São Paulo: Companhia das Letras, 2004


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